Matemática & suas curiosidades

Olá seguidores deste blog quero deseja a todos um feliz 2013 e agradecer por terem votado nesta pagina para que ele chegasse na final com outros blogs que tem a missão de levar o conhecimento e desenvolver a educação. Em agradecimento quero ousar mais ainda, ou seja, logo estarei lançando videos de aulas de matemática, com conteúdos básicos mas que fizeram falta em nosso aprendizado, é um tipo de reforço dessa disciplina. São videos caseiros planejados e focado no ensino fundamental II com o objetivo de treinamos a base para chegamos ao auge de compreensão do que é e a importância dessa disciplina em nossa vida.


Poemas Matemáticos

O quociente e a incógnita

"Às folhas tantas do livro de matemática, 
um quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma incógnita. 
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a, do ápice à base. 
Uma figura ímpar olhos rombóides, boca trapezóide, 
corpo ortogonal, seios esferóides. Fez da sua uma vida paralela a dela até que se encontraram no infinito. 
"Quem és tu?" - indagou ele com ânsia radical. 
"Eu sou a soma dos quadrados dos catetos, 
mas pode me chamar de hipotenusa". 
E de falarem descobriram que eram o que, em aritmética, 
corresponde a almas irmãs, primos entre-si. 
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz 
numa sexta potenciação traçando ao sabor do momento e da paixão retas, 
curvas, círculos e linhas senoidais. 
Nos jardins da quarta dimensão, 
escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas 
e os exegetas do universo finito. 
Romperam convenções Newtonianas e Pitagóricas e, enfim, 
resolveram se casar, constituir um lar mais que um lar, 
uma perpendicular. 
Convidaram os padrinhos: 
o poliedro e a bissetriz, e fizeram os planos, equações e diagramas para o futuro, 
sonhando com uma felicidade integral e diferencial. 
E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos 
e foram felizes até aquele dia em que tudo, afinal, vira monotonia. 
Foi então que surgiu o máximo divisor comum, 
frequentador de círculos concêntricos viciosos, 
ofereceu-lhe, 
a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um denominador comum. 
Ele, quociente percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade. 
Era o triângulo tanto chamado amoroso desse problema, 
ele era a fração mais ordinária. 
Mas foi então que Einstein descobriu a relatividade 
e tudo que era espúrio passou a ser moralidade, 
como, aliás, em qualquer Sociedade ..."

Millôr Fernandes 

Amormetria
Dê-me um apoio (centro)
Num piscar de olhos me transformo em um compasso
Giro 90º, 180º, 270º, 360º graus
Volta completa na circunferência chamada vida.
Dê-me uma régua ou uma trena
Com ela conseguirei medir ou não nossa distância
Que parece infinita.
Dê-me um transferidor para medirmos os graus do nosso amor.
Um esquadro
Quem sabe ele possa nos enquadrar.
Dê-me um ponto
Por ele passarei infinitos segmentos de sentimentos
Paixão, amor, raiva, ressentimento, gratidão...
Só não me limite com dois pontos
Pois, não saberia que segmento de sentimento
 
Passaria por eles.

Edi Santana Barbosa

Professor da rede Estadual e municipal de Juazeiro BA
Pós-graduado em Metodologia e Didática do Ensino Superior


Livro Poesia Matemática 



História dos Números Inteiros


A origem e a formulação do conceito de Número ocorreu com o próprio desenvolvimento da Matemática. A partir das necessidades diárias do homem, o conceito de Número Natural surgiu naturalmente através da contagem de objetos. Assim, este conceito foi introduzido pelas nações, em conjunto com o desenvolvimento de suas formas próprias de escrita, criando o sistema de contagem.
Os números negativos apareceram pela primeira vez, no decorrer da história da Matemática, na China Antiga, aproximadamente há 4000 anos. Os chineses realizavam cálculos através de duas coleções de barras, sendo a vermelha para números positivos e a preta para números negativos. Já os matemáticos indianos descobriram os números negativos quando tentavam formular um algoritmo de resolução para equações quadráticas.
As regras sobre grandezas já eram conhecidas através dos teoremas gregos sobre subtração, (a - b)(c - d) = ac + bd – ad – bc, que os hindus converteram-nos em regras numéricas sobre números negativos e positivos.
No século III, Diofanto operava facilmente com os números negativos, porém quando se deparava com problemas que tinham soluções de valores inteiros negativos, os classificava como absurdo. Não tão somente Diofanto, mas muitos matemáticos europeus (como Stifel e Cardano) nos séculos XVI e XVII,  não apreciavam os números negativos.
A partir do século XVIII, quando foi descoberta a interpretação geométrica dos números positivos e negativos, como segmentos de direções opostas, é que a situação mudou. O Renascimento trouxe a expansão comercial, aumentando a circulação de dinheiro e os comerciantes eram obrigados a utilizar os símbolos + e – para expressar situações de lucro e prejuízo. Assim, os matemáticos da época desenvolveram técnicas operatórias para problemas que envolvessem números negativos e positivos. Surgia então um novo conjunto numérico, representado pela letra Z(de Zahlen, número em alemão), sendo formado pelos números positivos (Naturais) e seus respectivos opostos, podendo ser escrito da seguinte forma: 
Z = {...,–3, –2, –1, 0, 1, 2, 3,...}

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